Por Millena Araujo
Tibério Azul e o Cenário Independente
O cantor e compositor Tibério Azul, formado em publicidade, pela Universidade
Federal de Pernambuco, UFPE, e jornalismo, pela Universidade Católica de
Pernambuco, Unicap. O trabalho do músico é independente, ele já passou pelo
grupo Mula Manca e a Fabulosa Figura e a banda Seu Chico. Gravou
há pouco tempo seu primeiro CD solo, intitulado Bandarra ou o caminho que vai
dar no sol, inspirado na obra de Manoel de Barros.
O que é ser um músico independente?
O
mercado mudou muito, com o surgimento da internet, dos blogs, houve a falência
das gravadoras, com isso, surgiram naturalmente pessoas que tomaram o lugar
delas. As gravadoras funcionam como um sistema que inclui distribuição,
marketing, setor de imprensa. Eu procuro fazer essas tarefas de maneira
terceirizada, mas no mercado independente ainda há uma deficiência de
produtores.
Músico independente recebe bom
retorno financeiro?
Existem
músicos independentes que ganham mais dinheiro desta forma do que com uma
gravadora, fora isso eles são livres para criar e fazer as músicas da maneira
como estão vendo o mundo. Dois exemplos de bandas que já receberam várias
propostas de grandes gravadoras e nunca aceitaram é O Teatro Mágico e Cordel do
Fogo Encantado. E eles ganham mais
dinheiro como estão.
Os artistas conseguem produzir
material de forma independente?
As
gravadoras não conseguem mais ter a amplitude de antigamente. Hoje você
consegue passar pelos processos de uma gravadora de forma independente. O
grande problema é que os artistas não estavam acostumados a gerir com isso
tudo. Se o artista tiver organização o sistema independente funciona muito bem.
Você é a favor do download?
Sou
totalmente a favor do download, sempre baixo um CD antes de comprar. As
pessoas, hoje em dia, baixam músicas pela internet. A forma de consumir música
mudou. Particularmente, faço isso para
conhecer o conteúdo da banda. A única coisa que não gosto é comprar algum CD em
que o encarte não tem nenhuma qualidade. Quando vejo que é algo bem fininho,
sem qualidade, fico decepcionado.
Você acredita que existem resistências
das rádios em tocar as canções de artistas que não têm gravadora?
Sim, as rádios ainda não entraram no sistema, não tocam. Acredito que a causa é o jabá, ainda existe essa política de favores nas rádios. Por outro lado temos a internet a nosso favor. Claro, a maioria do público ainda se encontra nas rádios, mas a internet tem um grande alcance e muitas pessoas já estão lá.
Sim, as rádios ainda não entraram no sistema, não tocam. Acredito que a causa é o jabá, ainda existe essa política de favores nas rádios. Por outro lado temos a internet a nosso favor. Claro, a maioria do público ainda se encontra nas rádios, mas a internet tem um grande alcance e muitas pessoas já estão lá.
Eu e Tibério Azul.
Por Millena Araujo
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Milena Araujo e Thati Lucena
às
14:58
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Música
Entrevista com Wilker Medeiros, colaborador do Cinepop.
O
Cine POP, site sobre cinema, comenta produções do audiovisual. O colaborador
recifense, Wilker Medeiros, comparece as salas de cinema e festivais nacionais para
acompanhar os lançamentos. O site conta com mais dois colaboradores, um de São
Paulo e o outro de Curitiba.
Wilker, como você analisa o momento
do cinema pernambucano?
O
cinema pernambucano, sem duvidas, vive hoje o seu melhor momento. Desde a
década de 90, quando os cineastas Paulo Caldas e Lívio Ferreira realizaram o já
clássico ‘O Baile Perfumado’, fazendo renascer o verdadeiro cinema brasileiro, novos
diretores apareceram e cada vez mais pessoas se interessam pela sétima arte. E
com essa chegada, muitos títulos, de qualidade indiscutível, vêm sendo
lançados.
O que você achou do documentário
Rio Doce CDU de Adelina Pontual exibido no Cine PE deste ano?
Achei
‘Rio Doce/CDU’ um documentário realmente interessante. É artisticamente muito bem realizado e possui
um humor genuíno. Essa questão de tornar o ônibus num personagem que passa por
várias cidades histórias de Pernambuco, e retratar, de forma tão verdadeira, a
cultura de cada uma, foi algo esplendido, por parte da Adelina.
Que longa gravado e produzido no
Estado você mais gostou?
Ah,
essa realmente é uma pergunta complicada. Tem muita coisa boa aqui. Porém, o
meu favorito é ‘Febre do Rato’. Aliás, um dos melhores filmes que vi em toda
minha vida. Um longa que traduz bem a nossa realidade, que grita por mudanças e
que imprime todas as características do cinema marginal de Glauber Rocha e
Nelson Pereira. O Cláudio Assis é hoje, certamente, um dos melhores diretores
do Brasil.
Em sua opinião, o filme O Som ao
Redor, de Kleber Mendonça conseguiu retratar a vida da classe média Recifense?
Olha,
sobre O Som ao Redor, não acho que a intenção tenha sido essa. O filme é na
verdade extremamente universal e Recife nele inexiste. Não que isso seja algo
negativo, pelo contrário, creio que o filme do Kleber seja a obra mais
grandiosa do cinema nacional dos últimos anos, do ponto visto técnico. Ele conseguiu analisar e expor com maestria os
conflitos sociais e intrigas da humanidade, tendo total domínio de linguagem
visual. Não é pra qualquer um.
Você acredita que os pernambucanos
estão despertando curiosidade pelas produções regionais?
Acredito
que os pernambucanos estão tomando um pouco mais de interesse por nossos
filmes. Porém, de uma maneira bem discreta. E o principal culpado disso tudo
são as distribuidoras nacionais que não dão espaço para o nosso cinema crescer
e para outras pessoas conhecerem a nossa verdadeira arte. Ainda há muito a se
evoluir.
Você gostaria de acrescentar mais
alguma coisa?
Gostaria
apenas dizer que o público brasileiro passe a acreditar mais no cinema nacional
e vá à procura de produções feitas por profissionais que amam a sétima arte e
quer vê-la crescer.
Link do Cinepop: http://cinepop.com.br/
Por Millena Araujo
Artista de rua
No centro da cidade do Recife, podemos encontrar facilmente artistas, sejam eles de acessórios de beleza ou pintura. Este é o caso de Cícero Pereira, 23 anos, natural de Alagoas, trabalha a mais
de dez anos fazendo desenhos na Avenida Conde da Boa Vista, próxímo a Faculdade Fafire, um dos pontos mais
movimentados do Recife.
O artista começou a se interessar por desenho
ilustrando personagens de gibis, em seguida, passou a criar desenhos realistas,
reproduzindo imagens de rostos de famosos que via em revistas; foi desta
maneira que Cícero desenvolveu o talento. Seu mostruário ao ar livre expõe desenhos
de artistas feitos com carinho por Cícero; é lá que ele além de expor, também
realiza seu trabalho. Para fazer uma ilustração o jovem passa em média uma tarde inteira e o resultado é maravilhoso, e os preços variam de acordo com o tamanho da arte, o menor
valor está na faixa dos R$50,00 reais.
Por Thati Lucena
Um Paraíso chamado Bonito
Localizada na área agreste
do estado de Pernambuco, à aproximadamente 134 km de distância da capital Recife,
a cidade encanta turistas, por sua imensa área verde e belas cachoeiras. Bonito
é um lugar que faz jus ao nome, um cenário perfeito e ideal para descansar e
praticar esportes.
Na entrada da cidade, o
turista já percebe que Bonito é especial. O Pórtico, uma estrutura montada com
fotos legendada dos melhores pontos da cidade dão charme e expectativa ao
visitante.
A cidade tem três principais
pousadas (Sono Bom, Sossego e do Gordo). Sono Bom está localizada no centro de
Bonito e oferece área para camping, além de tradicionais quartos, seu visual é
rustico. Para quem é corajoso e quer acampar no “meio do mato”, perto das cachoeiras,
sem energia elétrica, a melhor opção é o acampamento Camping do Mágico, que
oferece barraca e café da manhã em um pacote que custa R$ 45, OO a diária,
(apenas o café da manhã, sem a barraca de camping custa R$ 13,00; e o camping
sem o café da manhã custa R$ 25,00). Os valores fornecidos aqui são por pessoa.
De tirar o fôlego são as
cachoeiras, 9 ao todo. Os nomes são: Paraíso, Pedra Redonda, Poço Dantas, Véu
de Noiva I, Véu da Noiva II, Camping do Mágico, Bonito Ecoparque e Barra
Azul. A paisagem da cidade é composta
também de Mata Atlântica, Caatinga, Cervação, Barragem do Prata, Reserva do
Mucuri, gruta, riachos, trilhas, piscinas naturais, lagos, entre outros.
Chegar às cachoeiras pode ser
cansativo, mas no final, vale a pena entrar na aventura. O acesso a elas não é gratuito. Para conhecer
Barra Azul e Véu da Noiva I é preciso desembolsar R$ 2, 00. O filho do dono de
um bar (que fica localizado entre os acessos as duas cachoeiras), Marcio Oliveira,
cobrou o serviço e informou que essa taxa é cobrada para a manutenção do
lugar/cachoeiras.
Para fazer uma boa refeição,
os turistas procuram o restaurante Bonito Grill, localizado no centro da
cidade, que oferece um cardápio variado. O ambiente é decorado com obras do
artista local, Marcelo Júlio (que já foi convidado para a Fenearte e vê nestes
eventos uma oportunidade de mostrar seu trabalho).Uma parede desenhada com artistas pernambucanos, como Chico Science e Reginaldo Rossi faz sucesso. O ambiente também proporciona música ao vivo com interpretações de músicos locais e de cidades vizinhas.
O acesso para chegar a Bonito é pela BR 232 (via Bezerros) e BR 101 (via Palmares).
Fachada da Pousada Sono Bom |
Ambiente interno da Pousada Sono Bom |
Restaurante Bonito Grill |
Cachoeira Pedra Redonda |
Eu e minha amiga na Cachoeira Pedra Redonda |
No caminho para as cachoeiras |
Pedra Redonda |
Postado por
Milena Araujo e Thati Lucena
às
08:52
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Comunidade Ribeirinha do Bode
Uma das maiores experiências
da minha vida, profissional e pessoal, foi conhecer a comunidade do Bode, no
Pina, no Recife. O local é conhecido pelas moradias ribeirinhas. De perto notei
um forte mau cheiro da maré, a fragilidade dos barracos e um povo doce e
generoso.
Minha intenção em conhecer o
lugar foi para produzir uma matéria para a Universidade. O ambiente
me fez crescer, cada história contada, cada olhar me envolveu. Eu pude enxergar
de perto os anseios, medos e expectativas de parte daquele povo.
Os ribeirinhos se sustentam,
principalmente, pela atividade pesqueira. Com a maré tão perto, eles buscam a
pesca do caranguejo, camarão e sururu. Acordam cedo para garantir a própria alimentação
e lucram com a venda desses produtos.
Compartilho as fotos deste
dia.
Texto e fotografias por Millena Araujo
Instituto Ricardo Brennad
O pai desse local, nosso mestre, Ricardo Brennad, fundador do Instituto, conseguiu lucro ao vender suas fábricas, com essa verba ele decidiu investir num espaço onde pudesse deixar suas peças em exposição e decidiu criar o Instituto Ricardo Brennand, o colecionador já tinha vários objetos relacionados à história do Brasil e também pinturas do artista Frans Post, e outros materiais como livros, mapas e documentos.
Foi em 2002 que o instituto abriu suas portas mostrando a beleza e garantindo conhecimento aos visitantes. A ocasião aconteceu em setembro com a exposição Albert Eckhout volta ao Brasil, apresentando com exclusividade no Brasil pinturas de Eckhout pertencentes ao Museu Nacional da Dinamarca.
Hoje a fundação recebe um público do mundo todo, principalmente, alunos de escolas do estado pernambucano. O horário de funcionamento é de terça à domingo das 13h às 17h, o ingresso é no valor de R$ 18,00 (inteira) e R$ 9,00 (meia). Mais informações no site http://www.institutoricardobrennand.org.br
Por Thati Lucena
Hoje a fundação recebe um público do mundo todo, principalmente, alunos de escolas do estado pernambucano. O horário de funcionamento é de terça à domingo das 13h às 17h, o ingresso é no valor de R$ 18,00 (inteira) e R$ 9,00 (meia). Mais informações no site http://www.institutoricardobrennand.org.br
Por Thati Lucena
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